A nova dinâmica do software como serviço

5 de julho de 2016 Por Ramon Durães

A nova dinâmica do software como serviço

A nova dinâmica do consumidor moderno exige uma migração das empresas de software para o modelo de serviço. Nesse momento daremos o início a uma grande jornada de transformação, mudança de cultura e demais paradigmas no desenvolvimento de software quebrando os conceitos tradicionais de “produto” e convertendo em “serviço”.

Para iniciarmos a transição para SaaS (Software as a service) nós precisamos desenhar um novo projeto de software seguindo uma estratégia de modernização que já traga como premissa ser escalável, ágil e ter a segurança “qualidade” necessária desde a sua primeira linha de código.

Durante anos a indústria de software seguiu o modelo vai fazendo e certa forma para a época foi-se a fórmula que se conhecia para conduzir um projeto de software. Uma época de ouro onde qualquer firula era um luxo.

O consumidor evoluiu, as empresas passaram a ter necessidade de integrações, mais performance e controle dos processos e principalmente oferecer experiências diferenciadas para os clientes. Nós chegamos ao momento que os concorrentes estão na outra aba do navegador e não mais a quilômetros de distância.

Os softwares acompanharam o desenvolvimento do mercado, evolução dos clientes com demandas emergentes no negócio, porém se tornaram de um lado altamente estratégico em qualquer operação empresarial e do outro altamente custosos como um prédio velho cheio de vazamentos e com necessidade de manutenções gigantescas.

As operações de software legado já compravam ao mercado que não conseguem manter um ciclo de evolução devido ao alto custo operacional comprometendo inclusive o atendimento ao negócio.

Os recursos modernos de desenvolvimento de software evoluíram bastante ao ponto de discutirmos hoje conceitos aplicados na definição da responsabilidade de cada bloco de código, gestão ágil e automatizada da área de software, DevOps, inteligência artificial e Cloud.

As aplicações modernas podem fazer uso de serviços de nuvem PaaS (Platform as a Service) otimizando a administração, estabilidade e operação do uso da nuvem de forma mais elástica e barata para o negócio.

Outra mudança importante e conceitual é a própria precificação do novo produto que certamente será incompatível com o modelo tradicional utilizado pelo comercial para venda de produtos. O serviço de assinatura deve ser o mais leve e flexível para permitir ao cliente do serviço consumir conforme a demanda gerando uma imediata redução de custo na ponta e enormes ganhos na “cauda longa” atingindo uma ampla nova carteira de clientes atraídos pela flexibilidade.

A redução do custo operacional do serviço está diretamente relacionada a estratégia aplicada no desenvolvimento do projeto. Itens como qualidade de software, gestão ágil, arquitetura e engenharia de software formam alicerces fundamentais de sustentação e escalabilidade do projeto. Quanto mais você investir em qualidade terá o custo de desenvolvimento do software reduzido ainda na fase de projeto e principalmente na operação.

Com o novo modelo de mercado “API economy” orientado a API’s e microservices é fundamental uma orquestração da arquitetura de software para construir um código escalável e que compartilhe a inteligência no conceito de barramento de serviços oferecendo micro serviços e pacotes conforme a demanda.

A componetização das funcionalidades do negócio permite ao cliente ter somente o que precisa e você um maior controle na gestão dos recursos.
Nós vivemos em uma era em que parte do seu software pode ser desenvolvido por terceiros e disponibilizado dentro de um marketplace.

Ao abrir as API para terceiros, parceiro de negócios e até concorrentes você conquistará mais oportunidades com o seu serviço. Os novos formatos de comercialização, integrações, compartilhamentos chegaram para quebrar todos os paradigmas tradicionais na condução de um negócio baseado em software.

 
Nos últimos anos passamos por uma verdadeira revolução tanto no consumo de software e serviços quanto na evolução das tecnologias e estratégias para o desenvolvimento de software. Nada justifica hoje pensar em um novo modelo de serviços sem atrelar uma modernização da estratégia de desenvolvimento para que esteja preparado para esse novo mercado dinâmico e emergente.

Um fator crítico de monitoramento dos serviços é o seu tempo de recuperação (Mean time to recovery / MTTR) uma vez que diferente do produto instalado o serviço requer uma operação 24x7x365 e o tempo que você gasta para encontrar um problema e corrigir vai determinar os eu sucesso nesse novo negócio.

A gestão do MTTR é feita por diversos pontos que já conversamos durante o texto, monitoramento proativo e estrutura de aplicação que te permita uma rápida manutenção e validação automatizada.

Espero que tenha gostado do nosso bate papo nesse artigo. Tenho trabalhado no mercado de software como estrategista nos últimos anos ajudando grandes companhias na transformação digital. Entre em contato para conversamos sobre o seu projeto. Até a próxima !!!

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Ramon Durães
CEO, 2PC
MVP, Visual Studio ALM
PSM, CSM, PSD, LKU