Cloud para empresas de software

19 de julho de 2016 Por Ramon Durães

Cloud para empresas de software

Os serviços de Cloud Computing chegaram para oferecer as empresas a capacidade de escalar os serviços de software gerando oportunidades antes difíceis de serem alcançadas. Novas siglas surgiram como IaaS (Infrastructure as a servisse, PaaS (Platform as a servisse) e SaaS (Software as a servisse) para que possamos melhor entender como consumir e como ofertar as soluções de software usando essa nova estratégia computacional permitindo elasticidade e continuidade dos negócios.

O modelo de IaaS representa uma oferta de infraestrutura como máquinas virtuais onde você atualiza e mantém o sistema operacional e demais serviços. O PaaS representa um portfólio de serviços gerenciados pelo provedor de nuvem como serviço de aplicação. O SaaS é a oferta da sua solução de software como serviço.

As principais dúvidas endereçadas giram em torno de segurança, escalabilidade e custo. É mais seguro hoje usar um serviço de nuvem como Azure da Microsoft no lugar de manter uma estrutura local. Para você ter uma ideia um datacenter de Cloud passa por inúmeros protocolos e auditorias de mercado para garantir a segurança dos dados e da operação como um todo.

O Cloud Computing ou simplesmente nuvem pública oferece uma capacidade computacional única para potencializar o seu software no mercado de serviços permitindo ofertar a sua solução como SaaS (Software como serviço) escalando o negócio à medida que for conquistando mais clientes sem investimentos longos no início, depreciação e operação.

O grande desafio hoje é desenvolver um projeto de nuvem aderente ao seu mercado de forma que possa consumir serviços de Cloud que permitam o melhor uso dentro do seu software. A primeira visão da nuvem para muitas empresas foi o IaaS que serviu para transferência de demandas locais de infraestrutura para escalonamento na nuvem.

No momento atual depois que passamos a fase de transição “ir para a nuvem” estamos discutindo como portar o software para consumir recursos de PaaS que são serviços auto gerenciados pelo provedor de nuvem e consequentemente resultam em mais ganhos pelo baixo custo de operação e facilidade de escalabilidade.

Ao desenhar um novo modelo de software para ofertar em SaaS a primeira coisa que nos vem em mente é como vamos ofertar comercialmente essa nova modalidade de serviço bem diferente da venda tradicional de licenças com implantações longas e custosas.

A nova lei de consumo do software online requer uma assinatura de baixo valor e proporcional ao uso. Os fornecedores de SaaS estão faturando milhões de reais transacionando pequenas faturas.

Essa mudança de cultura também envolve toda a estratégia de construção da arquitetura da aplicação e engenharia de software envolvida e da mesma forma como esse novo produto será implantado na nuvem.

Os grandes provedores de nuvem como a Microsoft estão investindo somas incalculáveis para ofertar cada vez mais serviços inteligentes de nuvem no modelo de PaaS de forma a atender precisamente as empresas que desejam utilizar a nuvem da forma mais escalável para que fornecedores de SaaS (Empresas de software) possam usufruir e repassar aos clientes soluções inovadoras de baixo custo.

Para você ter ideia não faz sentido você dimensionar um parque de máquinas virtuais no IaaS para “hospedar” a camada de sua aplicação se no PaaS você tem um serviço que já encapsula e gerencia tudo isso automaticamente sem necessidade de ficar operando, administrando, aplicando atualizações e até provisionando sem necessidade.

 

Nós temos hoje recursos de auto escalonamento que são fantásticos, pois garante a ampliação da capacidade conforme a demanda contratando o escalonamento apenas nos períodos de pico.

 

E o banco de dados? Essa é uma pergunta frequente. Quem me conhece faz tempo certamente já ouviu a famosa frase “Não tem que ser difícil” e a hastag “#desapega”. Projete a sua aplicação para o mundo dos serviços e não para o modelo tradicional e arcaico do Client / Server.

 

Os serviços de banco de dados em PaaS (Plataforma como serviço) como o SQL Azure oferecem um meio termo entre uma visão relacional e toda uma estratégia por trás para garantir o escalonamento elástico, multi-inquilino (multitenancy) garantindo que conforme o seu modelo de negócio possa escalar geograficamente a sua solução e inclusive usar outros modelos NoSQL e serviços de cache.

 

O mundo do PaaS é um divisor de águas para as empresas de software. Eu arrisco a dizer que as empresas que sobreviverem a transição para SaaS terão muita dificuldade em gerenciar grandes soluções baseadas em IaaS. O mercado hoje já está preferindo fornecedores de software que já sejam 100% serviços com gestão completa.

 

As empresas de software estão “naturalmente” sendo conduzidas a transição no modelo de negócio. O mercado mudou e nessa nova dinâmica não faz mais sentido tentar continuar vendendo produtos.

 

Os serviços de PaaS (Plataforma como serviço) vão muito além desde o oferecimento de suporte especializado em Aplicação,  Api’s, Microservices, DevOps, Telemetria de aplicação e até inteligência artificial e computação cognitiva para aplicar em suas soluções.

 

As aplicações em SaaS que oferecerem serviços inteligentes em suas áreas de atuação serão sem dúvida as mais competitivas. No lugar de ter uma pessoa analisando uma determinada tendência, por exemplo, numa gestão de estoque hoje todo o processo pode ser controlado por software que analisa dados e toma decisões.

 

As aplicações hoje que estão em processo de modernização e adaptação para o mercado de serviços devem considerar em suas estratégias de nuvem o consumo de serviços em PaaS (Plataforma como serviço) com premissa estratégica. Essa mudança de cultura é fundamental onde deixamos de administrar servidores para focar cada vez mais em funcionalidades e inteligência de negócio.

Eu tenho atuado no mercado de software como estrategista nos últimos anos ajudando grandes companhias na transformação digital. Entre em contato para conversamos sobre o seu projeto. Até a próxima e participe nos comentários !!!

 

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Ramon Durães
CEO,
2PC
MVP, Visual Studio DevOps
PSM, CSM, PSD, LKU