O futuro do software

11 de junho de 2018 Por Ramon Durães

A tecnologia deixou de ser algo restrito aos profissionais de tecnologia e passou a fazer parte do dia a dia das pessoas. O consumo de serviços baseado em software teve um crescimento enorme nos últimos anos dentro das empresas promovendo inclusive a visão sobre os investimentos em TI que se tornaram estratégicos e metas de apoio ao crescimento do negócio.

Durante o Visual Studio Summit 2018 que é a maior conferência sobre Visual Studio na américa latina estive palestrando sobre com o tema “O futuro do software” nesse grande evento que conta com a presença de desenvolvedores profissionais de todo o Brasil e impactam com os seus projetos de software muitos bilhões de reais no Brasil.

A nova jornada do software impulsionada pela transformação digital tem o objetivo de promover novas experiências de consumo para os clientes e novos elos de relacionamento entre as empresas permitindo a realização de mais negócios usando software e até 100% autônomos como casos já propostos dentro do Blockchain usando Dapps e contratos inteligentes.

A revolução do Blockchain se popularizou naturalmente por definir uma nova proposta de dinheiro digital e baseado em software que já possui hoje mais de mil criptoativos disponíveis. Essa descentralização da posse do dinheiro talvez seja um dos grandes paradigmas que estaremos quebrando nos últimos tempos.

O cidadão digital proposto e em funcionamento na Estónia nos traz enormes reflexões sobre a burocracia que enfrentamos nos serviços públicos do Brasil. Hoje perde-se muito tempo alimentando uma máquina antiquada que pode ser substituído por uma identidade realmente digital que já permite a um cidadão abrir uma empresa em 15 minutos.

O Custo de propriedade do software ou CPS é uma grande barreira da inovação pelo grande volume de débito técnico envolvido nas aplicações atuais que geram um ciclo ilimitado de correções consumindo os investimentos que deveriam ser dedicados a inovação. Como parte de um novo mindset esteja atento a cada linha de Código nova implementada de forma resolver os problemas do software o mais cedo possível.

As aplicações modernas devem ser projetadas baseadas nas melhores práticas de arquitetura de software e orientadas ao conceito “Cloud Native”. Hoje não se discute mais ir ou não ir para a nuvem e sim como conduzir a transição e o maior de todos os gargalos é o parque de aplicações.

Uma arquitetura moderna baseada em Microservices / CQRS / Event Sourcing e principalmente Domain Driven Design (DDD) aproxima a área de tecnologia com a área de negócio respondendo a nova dinâmica da transformação digital por alta performance, escalabilidade e é claro ser ágil nas atualizações para adequação as mudanças do negócio.

A adoção de contêineres nas aplicações é um caminho sem volta para os desenvolvedores de software. O Docker se tornou o padrão para containers juntamente com o Kubernetes que é a principal plataforma para orquestração dos containers no ambiente produtivo. A grande novidade é usar um serviço gerenciado de Kubernetes como o Azure Kubernetes Services (AKS) que permite unificar as estratégias de contêineres com servicos de nuvem.

Para melhor explorar a estratégia de “Cloud Native” é fundamental se projetar aplicações modernas que vão usufruir da melhor forma dos serviços Containerless e Serverless permitindo usar a plena capacidade dos serviços de nuvem sem se preocupar com administração, manutenção e escalabilidade e ainda pagar apenas pelo segundo computacional reduzindo o próprio custo de cloud.

Até a próxima !!! Participe nos comentários

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Ramon Durães

CEO, 2PC
Microsoft MVP